Em entrevista para o Confea, o presidente da Associação dos Engenheiros, Agrônomos e Geocientistas (AREA das Águas), situada no município mineiro de São Lourenço e ainda CEO na JF Engenharia Elétrica, empresa de soluções em Engenharia Elétrica, descreve um pouco das suas expectativas para o mandato.
Para Jader Faria, “a nobreza da profissão precisa ser reconhecida, e essa luta é essencial para o futuro da engenharia elétrica e da sociedade como um todo”. Ele argumenta ainda para a importância da melhoria nas condições de trabalho e remuneração, com fiscalização rigorosa para garantir o respeito ao salário mínimo profissional e às atribuições exclusivas da categoria.
No segmento das políticas públicas, o coordenador observa a necessidade de garantir a presença dos engenheiros eletricistas em cargos de gestão pública e em tomadas de decisão relacionadas à infraestrutura energética. A participação da categoria na formulação das políticas energéticas e o fortalecimento do diálogo com os órgãos governamentais também estão entre as perspectivas da CCEEE.
Site do Confea: Durante o Encontro de Líderes do Sistema Confea/Crea, quais temas foram priorizados para discussão e transformação em propostas ao longo de 2025?
Eng. eletric. seg. trab. Jader Faria – Segurança em instalações elétricas é um tema que debruçamos, pois é inadmissível que em pelo 2025 ainda temos tantos acidentes de origem elétrica no Brasil. E fiscalização não conseguimos desassociar a pratica da engenharia sem fiscalização.
Site do Confea: Considerando que engenheiros possuem a capacidade técnica e a visão estratégica necessárias para planejar, executar e fazer manutenção de obras e serviços que impactam diretamente a qualidade de vida da população, quais são os planos da coordenadoria para expandir a interlocução com o governo e o Congresso Nacional, visando contribuir para a formulação de políticas públicas mais eficazes?
Eng. eletric. seg. trab. Jader Faria – A Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Elétrica (CCEEE) reconhece a importância dos engenheiros eletricistas no planejamento, execução e manutenção de obras e serviços que impactam diretamente a qualidade de vida da população. Para ampliar a interlocução com o governo e o Congresso Nacional e contribuir para a formulação de políticas públicas mais eficazes, a coordenadoria planeja as seguintes ações:
• Propostas para garantir a presença de engenheiros eletricistas em cargos de gestão pública e em tomadas de decisão relacionadas à infraestrutura energética.
• Maior envolvimento da engenharia elétrica na formulação de políticas energéticas, garantindo planejamento eficiente e sustentável para o setor elétrico.
• Fortalecimento do diálogo entre os Creas / Confea e órgãos governamentais para promover a valorização da categoria nas decisões estratégicas.
Site do Confea: Desde o ano passado, está em andamento o Programa “Força-Tarefa Nacional de Fiscalização”. Como a coordenadoria pretende trabalhar no sentido de aprimorar a eficiência das ações de fiscalização dos Creas?
Eng. eletric. seg. trab. Jader Faria – Reconhecemos que o Programa “Força-Tarefa Nacional de Fiscalização”, tem cumprido com sua finalidade e a Coordenadoria planeja elaborar propostas que contribuam com a fiscalização e aumentem o rigor da fiscalização em leigos ou profissionais não habilitados.
Site do Confea: Que impacto duradouro você espera gerar para os profissionais e para o Sistema com o trabalho desenvolvido em 2025?
Eng. eletric. seg. trab. Jader Faria – Através da Valorização Profissional. Espero sinceramente que em um futuro próximo todos os engenheiros da modalidade eletricistas possam ser valorizados e reconhecidos pela nobreza da nossa profissão. Que consigamos:
– Reconhecimento da Engenharia Elétrica como essencial ao desenvolvimento do país, garantindo que os engenheiros eletricistas estejam à frente de decisões técnicas e estratégicas nos setores público e privado.
– Fortalecimento da representatividade nos órgãos governamentais e empresariais, assegurando que os engenheiros ocupem cargos de liderança e gestão.
– Melhoria nas condições de trabalho e remuneração, com fiscalização rigorosa para garantir o respeito ao salário mínimo profissional e às atribuições exclusivas da categoria.
– Ampliação das oportunidades no mercado de trabalho, incentivando políticas que favoreçam a contratação de engenheiros eletricistas em projetos de infraestrutura, energia, telecomunicações e inovação tecnológica.
A nobreza da profissão precisa ser reconhecida, e essa luta é essencial para o futuro da engenharia elétrica e da sociedade como um todo
Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: RD7 e Santo Rei