Engenharia é chave para o futuro da mobilidade no Brasil

Com um olhar para o futuro, a  mobilidade foi um dos temas estratégicos debatidos neste mês durante o Colégio de Inspetores 2025 e o 12º Congresso Estadual de Profissionais (CEP) do Crea-SP. O assunto representa hoje um dos pilares da qualidade de vida nas cidades, ao integrar planejamento viário, acesso a serviços essenciais além de múltiplas alternativas de transporte.

O encontro citado, realizado no Mercado Pago Hall, no Mercado Livre Arena Pacaembu, reuniu os engenheiros Thiago Roza, gerente comercial de Soluções de Recarga da BYD e integrante do Comitê de Carregadores de Veículos Elétricos do Crea-SP, e Tadeu Rezende, diretor de Infraestrutura da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) e cofundador da Power2G, com mediação da engenheira Aline Bortolotto, coordenadora da Câmara de Sinalização Semafórica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e especialista representante do Confea. Em razão das especialidades dos participantes desta mesa, o uso de energia elétrica teve destaque nesta pauta.

Rezende desmistificou de imediato a ideia de que a transição energética é motivada pela escassez de recursos. “Não paramos de usar pedra por falta de pedra, e não vamos parar de usar o petróleo por falta dele. O que acontece é que esse é um recurso difícil de explorar em uma realidade na qual já existem alternativas”, disse.O especialista enfatizou os esforços da China e da Europa em prol da transição para carros elétricos, trazendo dados de mercado — o setor de veículos à base de energia foi um dos poucos que cresceram durante a pandemia de covid-19 — e relembrou que, historicamente, mudanças do tipo ocorrem de forma natural. “Todas as vezes que temos uma tecnologia muito melhor e mais barata do que a anterior, e apoio de políticas públicas, leis ou normas, essa evolução tende a ser bem rápida. É o que está acontecendo agora”.

Para Rezende, esta não é apenas uma mudança de tecnologia, mas de paradigma. Thiago Roza, além de concordar, foi além ao apontar que engenheiros e empresários têm um papel fundamental nessa transformação. Segundo ele, os números falam por si só: atualmente, 260 mil veículos elétricos e eletrificados foram emplacados no Brasil — apenas 1% da frota de 50 milhões de carros leves de passeio.

A mensagem final do painel foi clara: a mobilidade, que inclui o uso de veículos elétricos, é uma realidade em rápida expansão, e os engenheiros têm um papel crucial para planejar e implementar os serviços com as melhores soluções, garantindo melhorias diretas à sociedade.

 

Produzido pela CDI Comunicação

Post anterior
Próximo post

Deixe um comentário