Experiência do Conselho na inovação da gestão municipal foi compartilhada
Diante da crise financeira, o que os municípios devem fazer para promover a melhor gestão de recursos e assegurar a qualidade de vida da população com a manutenção dos serviços públicos essenciais? De acordo com um levantamento divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), essa é uma pergunta que aflige mais da metade das 645 cidades paulistas, total que não arrecadou a receita prevista para este ano, além de 31% que estão em níveis deficitários de orçamento.
O debate sobre o cenário foi protagonizado por representantes das administrações municipais em audiência pública realizada nesta quinta-feira (19/10), na Assembleia Legislativa (Alesp), e contou com o Crea-SP, uma vez que a resposta para os desafios pode estar nas Engenharias, Agronomia e Geociências, profissões reconhecidas pela capacidade resolutiva.
A mensagem foi compartilhada pelo vice-presidente no exercício da Presidência do Conselho, Eng. Mamede Abou Dehn Jr., que falou dos projetos da autarquia em parceria com órgãos públicos, como as prefeituras e secretarias. “Toda resolução de problemas passa pela área tecnológica, o que não é diferente nesta crise. A Engenharia e o Crea-SP podem contribuir muito com os municípios para oferecer cidades melhores para a população”, afirmou o engenheiro.
Foto: Assessoria Deputado Estadual Carlão Pignatari
Mamede citou o convênio firmado com a Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas (Seclima) do município de São Paulo entre mais de 20 termos de cooperação ativos atualmente. A colaboração entre as entidades foi consolidada em fevereiro e os agentes fiscais do Conselho passaram a integrar de forma efetiva as Operações Integradas em Defesa das Águas (OIDAS). “É um exemplo claro de como o nosso trabalho pode apoiar as gestões municipais. Uma parceria com a maior prefeitura do Brasil em um tema que, cada vez mais, precisa da integração com os profissionais”, disse.
Outras amostras de como o Crea-SP serve de ferramenta para a implementação de projetos que dependem de tecnicidade foi a entrega de mais de 150 unidades do relatório de cidades inteligentes, um estudo que analisou o Estado e compilou diretrizes viáveis para a solução das principais problemáticas de acessibilidade, agricultura, desenvolvimento urbano, habitação e saneamento básico com a contínua capacitação profissional.
O deputado estadual Carlão Pignatari, que promoveu o evento com a colaboração da Associação dos Municípios da Araraquarense (AMA), destacou o reflexo que as ações colaborativas podem ter. “Assim, é possível fazer a otimização de recursos humanos. Os profissionais e o Conselho estão prontos para ajudar”, finalizou.