O Dia Mundial da Limpeza, tradicionalmente celebrado no terceiro sábado do mês de setembro, contou com a participação de uma centena de voluntários engajados em contribuir com a manutenção da zeladoria do espaço urbano. Desta vez, os profissionais da área tecnológica também marcaram presença. A mobilização foi apoiada pelo Crea-SP e aconteceu na Praça da República, no centro da capital paulista, no último dia 20, resultando em mais de 90 quilos de recicláveis retirados das ruas do entorno, assim como 3,9 mil bitucas de cigarro.
“Para onde olhamos, enxergamos Engenharia, Agronomia e Geociências. Nossas profissões atuam em muitas atividades relacionadas à gestão dos resíduos sólidos e ao planejamento das cidades, especialmente quando falamos de intervenções para combater os efeitos das mudanças climáticas. É por isso que estamos aqui hoje, para mostrar que o cuidado com o futuro se faz com técnica e responsabilidade”, afirmou a vice-presidente do Conselho, engenheira agrônoma Marilia Gregolin, que esteve presente ao longo de toda a ação.
Secretário municipal das Subprefeituras de São Paulo, Fabrício Cobra Arbex falou que, atualmente, existem cerca de 4 mil pontos viciados de descarte irregular mapeados. “Vivemos na maior cidade da América Latina e precisamos ter consciência sobre a destinação correta dos resíduos que geramos. Precisamos sair dessa situação e, para isso, começamos com a lição dentro de casa, com cada um separando o lixo comum do reciclável”, defendeu.
O engenheiro ambiental Danilo Augusto da Silva, coordenador do Projeto São Paulo pela Clima, da Secretaria Executiva de Mudanças Climáticas (Seclima) da Prefeitura de São Paulo, contou que ano passado houve um volume muito grande de material reciclável recolhido e que, este ano, as 32 subprefeituras da capital entraram na iniciativa. “Cerca de 8% das emissões de gases de efeito estufa de São Paulo tem origem nos resíduos. Ações como essa colaboram para que estejamos preparados para as chuvas e para as mudanças climáticas”, declarou.
“É um engajamento importante porque a limpeza é um ato solidário que parte da ação individual. O mundo tem que agir pelas mudanças climáticas e esta data não deve ser pensada apenas no 20 de setembro”, completou Osmário Ferreira da Silva, secretário pela pasta municipal de Limpeza Urbana.
O evento foi promovido pelo Instituto Limpa Brasil, organização sem fins lucrativos que atua na educação e conscientização pública sobre o descarte correto do lixo. Além de São Paulo, 14 capitais brasileiras receberam simultaneamente a mesma iniciativa, assim como outros cerca de 190 países ao redor do globo. “A primeira vez que participei do movimento, tínhamos três pessoas só. Hoje estamos em mais de 1,2 municípios brasileiros. Vamos limpar o Brasil e mantê-lo limpo. Vamos educar nossas crianças para que elas não precisem ir às ruas limpar, porque o lixo não estará espalhado”, pontuou Marta Rocha fundadora do Let’s Do It, que originou o Limpa Brasil.
A pequena Sofia Bornschlegell, embaixadora-mirim do Instituto, já entendeu a responsabilidade individual quando se trata de cuidado com o lixo. “Estamos aqui para mudar o mundo”, disse.
Representando o Conselho, participaram também a diretora de Relações Profissionais, Eng. Jéssica Trindade Passos; a coordenadora da Comissão Crea-SP Jovem, Eng. Marcellie Dessimoni Giratola; e a coordenadora da Câmara Especializada de Agronomia, Eng. Agr. Gisele Herbst Vazquez; assim como o gerente do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas de São Paulo (CGE), Eng. Hassan Barakat, que integra o Comitê sobre Mudanças Climáticas do Crea-SP.
A ação na Praça da República integrou outras entidades públicas e privadas, como: Prefeitura de São Paulo, Virada Sustentável, Associação Brasileira dos Coreanos (Hanin Brasil), Senai, Instituto Rua, KKL Brasil, Projeto Limpeza na Represa, Meninos da Billings, Movimento Nacional ODS São Paulo, Decathlon, Philip Morris Brasil, Transpetro, Rotary Club Paraíso, Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional (ABRALIMP), entre outras.
Produzido pela CDI Comunicação